Segundo show em Recife, Burburinho Pub, uma das mais populares, senão a mais popular casa da cena rock independente da cidade. Localizada no centro histórico da capital pernambucana, bem próxima ao Pátio São Pedro, arrodeada de belos casarões e prédios "tombando" pelo tempo. Ou seja, a bela paisagem urbana é ofuscada pelo descaso e falta de atenção dos supostos responsáveis.
A passagem de som foi combinada para as 21hrs, e la estavamos neste horário. Ficamos um pouco espantados com a relação de proporção entre o nome criado para o lugar, e o próprio. Isto é, chegamos e nos deparamos com um pequeno bar portador de um palco menor ainda. Muitas fotos de deuses do Blues e Soul music embelezavam as paredes carentes de uma pintura nova. O mais espantador vem pelos olhos de Rapha. Brilhavam muito entusiasmados pois na verdade o palco onde seria o show era no andar superior. Pronto, proporções re-feitas e compreendidas.
Um belo palco, com estrutura de luz e som aparentemente boas era recepcionado por um andar amplo e coroado por grandes janelas e um boneco de Olinda como guardião. No entanto, como nem tudo é perfeito...faltava um amplificador de guitarra para nosso anfitrião local, Severis. Em poucos minutos surge o desejado aparelho. Problemas sanados? Definitivamente não. O amplificador não funcionava. Uma rapida solução foi dada: fones de ouvido e instrumentos do guitarrista plugados diretamente na mesa de som. Moral da história: uma banda ensaiada vale por duas. Ou seja, ninguém ouvia Rodrigo Severis, nem mesmo ele. Mas, como ja apresentado na moral dos fatos, o show correu bem, neste ponto de vista! A banda estava coesa e a massa sonora fez as janelas tremerem.
Entretanto...nossos problemas não acabaram por aí, pelo menos indiretamente não. Fomos premiados por um contraste frustrante: uma casa de renome e estrutura muito boa para receber público e bandas conta com o "apoio" de uma equipe de som mais perdida do que "cego em tiroteio". Explico. O pouco conhecimento sobre a tarefa a qual deveriam executar deixou profissionais e banda bastante perdidos e levemente estressados. Na minha humilde opinião, a frase de Fabio traduz o sentimento geral da banda em relação a esse triste episódio. "Vamos brincar de ser profissionais?"
Depois do show, fomos comemorar nossa passagem por Recife na avenida beira-mar comendo um churrasquinho e tomando uma cervejinha gelada, melhor coisa possivel para combinar com o clima de alegria e entusiasmo da banda por tudo que nos ocorre continua sempre recarregando nossas baterias. Conhecemos tambem um cão de rua que aparentemente seguirá como um fã da banda, ou pelo menos de nosso vocalista Jan, com quem brincou a noite toda!
Quero deixar registrado aqui nosso agradecimento e simpatia pela banda de Olinda Zé Pilintra, que compareceu sempre animada ao show que narro aqui.
Beijos e até...
Gui!
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